quarta-feira, 29 de junho de 2011
A espécie masculina
terça-feira, 28 de junho de 2011
A falta que ele me faz.
By Jéssica Souza ;)
quinta-feira, 2 de junho de 2011
A gratuidade dos estacionamentos dos shoppings
quarta-feira, 1 de junho de 2011
"Mortes, tensão e reação"
Capa do Jornal do Commercio de 30 de maio de 2011 (segunda-feira): “Mortes, tensão e reação”. Diante dessa manchete, o único sentimento que consigo demonstrar é de revolta, pois até quando vidas e mais vidas serão sacrificadas por defender o meio ambiente? Por defender o que é nosso, de direito? Por brigar e querer preservar um tesouro nacional, que o Brasil diz “é nosso, é nosso, é nosso”, mas não faz nada, de fato, pra ter jus a esse patrimônio?
Agora, que já temos quatro mortes em menos de uma semana, o Governo decide fazer reunião urgente para tratar de fiscalização, desmatamento e blá blá blá. Quanta hipocrisia! Se realmente se importassem com o meio ambiente, com a qualidade de vida da população, com o futuro da nação e com a vida de quem defende o “nosso Verde”, já teria implementado políticas de fiscalização e preservação ao meio ambiente, e teria trabalhado para que elas saíssem do papel e tivessem eficácia na prática. Mas tiveram que esperar a morte de mais inocentes, que só estavam defendendo uma “herança” dos seus filhos e netos, para agir. Mesmo assim me pergunto: “Será que essas mortes não foram em vão?” Pelo visto sim, pois o motivo da luta desses inocentes está prestes a desaparecer, se o desmatamento continuar na medida em que está. E ao que tudo indica, a história vai se repetir, pois quem se preocupa com o meio ambiente e desaprova o desmatamento da forma que ele se impõe nos dias atuais, não fica a ponto de aprovar o Novo Código Florestal, que traz propostas sem um mínimo de consciência ambiental. Como houve muita repercussão, “vamos fingir que tampamos o buraco” e quando tudo se acalmar, o povo esquece, é assim que pensa o Governo. É,e esse é o único ponto em que o Governo acerta, porque “o povo realmente esquece”, e aí consiste a nossa parcela de culpa, por sermos acomodados e não lutarmos por aquilo a que temos direito, por falarmos muito e agirmos pouco, por reclamarmos sentados e não abraçarmos a causa. E desse nosso comodismo, surge outra questão: será que a privatização da Amazônia e das áreas florestais seria tão ruim assim?
A gente sabe que tudo isso vai ser momentâneo, que quando a poeira baixar, o desmatamento vai continuar desenfreado e o Governo vai continuar fingindo que está tudo bem. E eu, brasileira que sou – por isso não desisto nunca –, sinceramente, espero estar errada e ver que o povo tinha razão quando depositou seu voto em Dilma, e que o Governo não esteja fazendo só mais um “tampa buraco”.
Mas diante de tudo isso, a reforma agrária, o Novo Código Florestal, a privatização da Amazônia e a fiscalização nas áreas florestais e áreas afins, tudo isso deve ser repensado, e rápido, para que não haja mais mortes em vão.
By Jéssica Souza
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Tribalistas
sorri e dispara: "Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
No entanto, passado o efeito da manguaça com energético e dos beijos descompromissados,
os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os
ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas,
descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em
baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim.
Mas por que reclamam depois?
Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que
toda ação tem uma reação?
Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida.
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.
Para comer a cereja, é preciso comer o bolo todo e, nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram.'Ficar' também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é namorix.
A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.
Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.
Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando.
Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais.
Assim, como só deseja a cereja do bolo tribal, enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas, e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos
dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.
Já dizia o poeta que amar se aprende amando. Assim, podemos aprender a amar nos relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações.
Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados.
Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém.
É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da tão sonhada felicidade.
É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das
coisas ruins.
Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também...
É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida SOLIDÃO...
Por ARNALDO JABOR